Wally Funk, que hoje tem 82 anos, foi uma das condutoras que fizeram pressão na NASA para abrir um programa de mulheres – isso lá em 1961.
No ano em questão, ela era uma das 13 mulheres a participarem de um programa privado dos EUA (Mercury 13) que preparava mulheres para uma jornada espacial – passando pelos mesmos testes aos quais os homens eram submetidos.
No entanto, o programa foi vetado pelas autoridades na época e a agência privada desistiu – isso ficou congelado por mais de 20 anos. Sem vitimismo aqui, naquele tempo a mulher quase não tinha espaço (não era a intenção, mas se você percebeu um trocadilho aqui, meus parabéns).
Na época, as astronautas levaram o assunto ao Congresso dos EUA em busca de justiça, mas não obtiveram apoio. Mais de 20 anos depois, em 1983, Sally Ride foi a primeira norte-americana a ir ao espaço.
Apesar da decepção, ela nunca desistiu de ser astronauta e continuou sendo voluntária desde que a NASA permitiu a participação de mulheres em seus voos. Acumulou mais de 19 mil horas de voo, além de ter ensinado mais de 3 mil estudantes de aviação.
Ela foi ainda a primeira mulher instrutora de voo em uma base militar dos EUA.
Wally era pioneira da aviação e foi uma das melhores alunas do projeto. Agora, 60 anos depois disso, em 2021, sua viagem está marcada ao lado de ninguém menos do que Jeff Bezos, que a referiu como “convidada de honra”.
Dia 20 de julho eles embarcarão no primeiro voo tripulado da Blue Origin, sua empresa de foguetes espaciais. Tio Jeff anunciou esses dias sobre o rolê nas redes sociais. A respeito de Wally, Jeff diz “ninguém esperou mais do que ela”.
Ela afirma que curte participar de coisas inéditas.
E adivinha?
Embora ela não seja a primeira mulher a ir ao espaço, será a primeira pessoa com mais de 80 anos a dar uma volta por lá.
Mark Bezos, irmão de Jeffinho, também vai – além do vencedor do leilão de um assento no foguete New Shepard– cujo lance foi de “apenas” 28 milhões de dólares. Seu nome ainda não foi revelado.
Algum palpite? Rs