O leilão do 5G no Brasil, a nova geração de internet móvel, começou hoje (4) no Brasil, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A empresa Winity II Telecom arrematou o primeiro lote por R$ 1,4 bilhão e se tornou a mais nova operadora de telefonia móvel do país.
O lote arrematado pela empresa possui abrangência nacional e contava com uma oferta mínima de R$ 157,62 milhões. Portanto, o valor pago pela Winity foi 805% superior ao preço mínimo exigido.
As pioneiras seguem na disputa!
Além da Winity, somente três outras velhas conhecidas podem prestar serviços de telefonia móvel com abrangência nacional: Claro, TIM e Vivo. O trio foi, inclusive, responsável por arrematar os lotes da principal faixa do leilão do 5G nesta quinta.
Enquanto a Winity arrematou uma faixa com frequência de 700 MHz, a Vivo, a Claro e a TIM levaram os lotes de 3,5 GHz. Basicamente, a faixa 3,5 Ghz é a mais utilizada em todo o mundo para o 5G, já que consegue entregar uma conexão mais rápida aos consumidores.
Para isso, a Claro desembolsou R$ 388 milhões, enquanto a TIM e a Telefônica (dona da Vivo) pagaram R$ 351 milhões e R$ 420 milhões, respectivamente.
Outro nome que também apareceu no leilão é a Brisanet, que arrematou dois lotes regionais e também conquistou o título de operadora de telefonia móvel no Brasil. Entretanto, os lotes vencidos pela empresa são regionais, o que fará com que a Brisanet possa oferecer 5G apenas no Nordeste e no Centro-Oeste.
Por que a Winity pagou tão caro?
Uma das grandes dúvidas do mercado é entender por quais motivos a Winity pagou um valor tão alto por uma faixa que não é a mais desejada pelas empresas.
Apesar de a nova operadora brasileira não ter detalhado o motivo do ágio de mais de 800%, uma das teorias é que a faixa de 700 MHz faça mais sentido para o atual momento da Winity.
É importante destacar que todas as empresas que participam do leilão e arrematam alguma faixa, precisam cumprir com algumas obrigações.
Apesar de não ser tão desejada quanto a de 3,5 GHz, a faixa de 700 MHz possui obrigações e custos menores. Com isso, esta faixa pode ser mais interessante para a proposta da empresa de levar conexão para outras companhias em vez de direcionar para o consumidor final.
Já a TIM, Claro e Vivo se dividiram para arrematar diferentes lotes da faixa de 3,5 GHz. Essa frequência tem uma série de obrigações maiores, incluindo a exigência de levar cobertura 5G para todas as capitais do Brasil até 2022, além de construir uma rede privativa de comunicação para a administração federal.
O que muda com o 5G?
O leilão do 5G, organizado pela Anatel, vai até amanhã e conta com a participação de 15 empresas e consórcios. A ideia é ofertar faixas de transmissão do 5G pelo país e propagar a tecnologia.
Em geral, a nova geração de internet permite mais dispositivos conectados, promete conexões mais rápidas e é mais estável do que o 4G.