O Ministério Público de Minas Gerais ajuizou uma sentença contra a Samarco Mineração e suas controladoras, Vale e a BHP Billiton, em nada mais nada menos do que R$ 2,5 bilhões.
Isso ocorreu em decorrência do desastre em Mariana, que causou 19 vítimas e devastou plantações, veículos e edifícios.
Na ação divulgada pelo MP, nem 30% das famílias atingidas pelo rompimento da barragem foram indenizadas.
Isso significa que as empresas deixaram de indenizar mais de 1.300 famílias e descumpriram o acordo assinado há mais de três anos. Por conta do atraso, a Promotoria solicitou que as empresas paguem no mínimo 10% da dívida.
Relembre o caso
Em 5 de novembro de 2015, a barragem chamada “Fundão” de rejeitos de mineração a 35km de Mariana em Minas Gerais se rompeu e provocou vazamentos de minério que causou tamanho estrago considerado o desastre industrial com o maior impacto ambiental da história brasileira.
Além disso, foi o maior desastre do mundo envolvendo barragens de rejeitos com cerca de 62 milhões de metros cúbicos de minério.
A quantidade vazada foi tão grande e em tanto volume que os rejeitos de minério chegaram ao Rio Doce que afetou também a bacia hidrográfica da região.
Consequências na operação da Samarco
O caso de Mariana foi a primeira grande polêmica envolvendo a Vale e sua subsidiária, que aconteceu quatro anos antes do caso de Brumadinho.
Com a tragédia, a Samarco parou de operar. Mas, no final de 2020, a empresa anunciou que quer retomar as atividades.
A grande preocupação agora é com a imagem da Vale e da BHP, caso a Samarco volte a operar.
Afinal, todos estão de olho na agenda ambiental, social e de segurança (ESG), que está ganhando cada vez mais força no mercado.
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