Bom dia, baby. Força que já estamos na quarta. E na sexta-feira o governo federal vai lançar seu Plano Nacional de Fertilizantes, PNF, em uma tentativa de reduzir a dependência do Brasil de produtos estrangeiros.
Que plano do governo é esse?
A ideia é diminuir a dependência do mercado gringo, já que cerca de 85% dos fertilizantes utilizados nas plantinhas brasileiras vem de fora, e um dos maiores vendedores é justamente a Rússia.
Que no momento está ocupada tentando dominar o leste europeu.
O presidente russo anunciou que vai proibir as importações e exportações para alguns países. Embora o Brasil não esteja na listinha de inimigos da Rússia, a proibição de vendas para os demais pode fazer com que a corrida por fertilizantes alavanque ainda mais seus preços.
Isso se tiver tanto fertilizante para vender, já que a maior produtora está em guerra.
Assim, o governo brasileiro corre para apresentar medidas que amenizem a dependência das lojas internacionais.
Quais medidas são essas?
Só algumas, coisa linda.
1º – Diversificação de fornecedores. Claro, é um erro básico depender tanto de apenas um vendedor, como é o caso do Brasil com a Rússia. Então, a ideia é abrir o leque e fazer negócios com Canadá, Israel, Alemanha, e outros amiguinhos.
2º – Incentivos fiscais e tributários. Existem produtores de fertilizantes por aqui, mas são poucos e vendem caro.
Por isso, reduzir impostos ou até cortar por hora pode aumentar o número de vendedores nacionais e mandar uma mensagem de: ‘simbora’, meu filho, produza.
3º – Exploração do solo. Esse vai ser sangue, suor e lágrimas para sair, já que as minas para extração de insumos como o potássio estão próximas a terras indígenas.
O Brasil pode ser autossuficiente?
De acordo com a própria ministra da agricultura, Teresa Cristina, não. Afinal, nossas reservas de potássio correspondem a apenas 3% das reservas mundiais.
Mas a previsão é de uma redução da dependência de 85% para pouco mais de 52%.
Ainda assim, essa diminuição pode levar até 30 anos. Olha o tamanho da carência brasileira.