Imaginem que ponto chegaram os gestores da Evergrande. Até para dar calote, eles estão emitindo comunicado.
A incorporadora Evergrande Group comunicou o mercado, avisando que provavelmente não conseguirá pagar uma dívida de US$ 260 bilhões.
“À luz do atual status de liquidez do grupo, não há garantia de que haverá fundos suficientes para continuar a cumprir suas obrigações financeiras”, informa o comunicado.
O que está acontecendo com a Evergrande?
O que está acontecendo é que a incorporadora é a empresa mais endividada da China. Como resultado, neste ano, chegou a ter mais de US$ 300 bilhões em passivos.
A incorporadora já tinha informado sobre o seu problema de fluxo de caixa. O que provavelmente iria comprometer o pagamento das suas obrigações.
Apesar de conseguir pagar algumas dessas dívidas, ao ser chamada para quitar os 260 bilhões de dólares, precisou informar sobre o seu possível calote.
Dívidas são sempre ruins?
Nesse sentido, é bom ressaltar que é normal para uma empresa se endividar. Geralmente, ela emite dívidas para financiar o seu crescimento e utilizará a receita futura para pagar suas obrigações.
Contudo, o que não pode acontecer é esquecer que uma hora a conta irá chegar. Você precisa estar preparado para isso. O que não aconteceu com a Evergrande.
Quais as consequências do calote da Evergrande?
Antes de tudo, suas ações despencaram mais de 19% após o aviso. Dessa forma, chegando ao seu menor nível dos últimos 11 anos.
Além disso, por conta do tamanho dessa dívida, isso pode refletir em uma possível falência da empresa.
Outra consequência é que se essa dívida não for liquidada, colocará muitas instituições financeiras no prejuízo. Consequentemente, o calote pode afetar vários mercados externos.
São só US$ 260 bilhões perdidos por aí e que não serão recuperados. Além disso, irá comprometer todo o sistema financeiro da China.