Só chegar no ouvido e falar: “é BB, você está superando as minhas expectativas”.
O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou ontem (8) os seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2020, mostrando resultados acima das expectativas.
O lucro líquido ajustado ficou em R$ 5,14 bilhões, um resultado 47,6% superior ao mesmo período do ano passado e 14,3% acima da expectativa da Refinitiv, que apostou em um lucro líquido de R$ 4,496 bilhões.
Índice da Basiléia
Para quem não sabe, um banco geralmente empresta mais dinheiro do que ele de fato tem em caixa, isso porque ele utiliza o dinheiro dos seus correntistas para movimentá-lo pelo mercado.
Só que claro, se você empresta mais do que tem em caixa, uma hora isso pode ser insustentável e é por isso que existe o Índice da Basiléia, para medir o risco que o banco está correndo com esse fornecimento de crédito, comparado com o dinheiro que tem disponível.
Basicamente ele mede a saúde financeira de um banco. Esse índice ficou com 19,34%, sendo 13,17% do capital principal resumidamente, quanto maior este número, menor os riscos.
Como comparativo, o mínimo exigido pelo Banco Central (BC) é de 4,5% para o capital principal.
Return on Equity (ROE)
Já o retorno sobre o patrimônio líquido foi de 14,3%, um resultado 3,9 pontos percentuais acima do desempenho comparado com o terceiro trimestre do ano passado.
O ROE mostra o retorno que os acionistas têm, é medido pelo lucro líquido dividido pelo patrimônio líquido.
Receitas
As receitas vindas de prestação de serviços somaram R$ 7,438 bilhões no período apresentado, um crescimento de 2,2% comparado com o terceiro trimestre do ano passado.
O motivo
Segundo o relatório, um dos motivos para esse bom desempenho foi a diminuição das despesas com provisões de crédito e o aumento da receita do banco estatal, o que consequentemente aumentou suas margens, resultando no crescimento dos lucros.
Os setores de seguros, previdências, consórcios e administração de fundos foram os que mais contribuíram para este aumento na receita do BB.
Com esses resultados, podemos esperar até dividendos rechonchudos para os bolsos dos acionistas.