“Oi, Tim, você tá Vivo? Claro! Quem não lembra dessa? No ano retrasado, a operadora Oi Móvel se colocou à venda, e suas rivais, VIVO, TIM e CLARO fizeram juntas o arremate por R$ 16,5 bilhões.
Gente! Eu não estava nem sabendo? Por que disso?
Já tem um tempo que a OI não está dando conta do recado. Aliás, já está passando por um processo de recuperação judicial desde 2016. Esse processo é uma forma de uma empresa tentar se reerguer.
Contudo, no ano retrasado, os serviços móveis da OI foram colocados na prateleira, e suas inimigas foram às compras juntinhas e fizeram a aquisição por R$ 16,5 bi.
Porém, já que no Brasil os serviços de telefonia móvel são poucos, então o CADE, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que é o órgão que fica de olho nas empresas para garantir a livre concorrência, precisava dar o aval.
E não apenas o CADE, mas também a Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações. A venda que aconteceu em dezembro de 2020 será finalmente avaliada amanhã por ela.
E por que demorou tanto?
Exatamente porque aqui no Brasil a concorrência nesse setor é baixa, e a aquisição de uma delas por parte das demais, convenhamos que só agrava nossa carência de brasileiros.
Em contrapartida, as rivais alegam que de forma alguma a intenção é reduzir ainda mais a disputa, que só estão fazendo um favor para uma amiga, nesse caso a OI que está com uma dívida enorme de R$ 65 bi e que a briga entre elas vai continuar.
Bem santinhas elas.
Por outro lado, é necessário concordar que se uma empresa não consegue mais prestar um serviço satisfatório para os seus clientes, não há razão para mantê-la apenas para ter mais uma candidata na briga.
Logo, se você for OI, já pode se preparar para a mudança.
E como ficarão as coisas para os clientes da falecida?
Fontes envolvidas na negociação dizem que após a aprovação dos órgãos, os clientes serão gentilmente empurrados para uma das três operadoras.
A expectativa é que uma boa parte vá para a TIM, já que essa danada foi a que colocou mais dinheiro na mesa.
Vale ressaltar que a OI não vai deixar de existir, só vai dedicar seus esforços em outro setor, como o desenvolvimento da banda larga e ampliação da fibra óptica.
Quem está pronto para viver sem fronteiras?