Sabe aquela quantia que fica paradinha na conta do FGTS? Dessa vez o investidor espertinho vai poder usar para comprar ações da Eletrobras, claro, com a devida cautela.
Eletrobras? FGTS? Explica aí adm…
Nesta sexta-feira (03) a Eletrobras começa a convidar os investidores para comprarem ações da empresa com o FGTS. A iniciativa vem em decorrência do processo de privatização da estatal proposto pelo governo federal.
Desta forma, foi liberado aos trabalhadores a oportunidade de adquirirem as ações com o saldo em suas contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS. O valor mínimo da reserva será de R$ 200, não ultrapassando 50% do saldo total da conta.
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Como vai funcionar?
Com isso, a reserva das ações, que poderão ser feitas de hoje até a próxima quarta-feira (08), acontecerá por meio de um Fundo Mútuo de Privatização (FMP). Esses são fundos destinados justamente para esse fim, e já foram utilizados em outras privatizações.
A princípio, as regras definidas estabelecem a necessidade do próprio trabalhador autorizar em seu aplicativo do FGTS ou da Caixa a utilização do saldo para realizar a reserva. Após isso, a próxima etapa é partir para o abraço e reservar de fato as ações da empresa.
Será que vale a pena?
Por lei, o rendimento anual do FGTS fica estabelecido em 3%. No entanto, nos últimos anos o governo, que utiliza o dinheiro do fundo para reinvestir, deu uma moral aos trabalhadores e cedeu parte dos lucros obtidos. Por exemplo, em 2020, o rendimento foi de 4,52%.
Na prática, os trabalhadores podem até entender que o dinheiro que eles acumularam nesta conta está sendo subutilizado. Contudo, por ser uma empresa, que por natureza, está sujeita à volatilidade do mercado, o movimento precisa ser maduro e responsável.
Mas então, será que submeter o saldo à renda variável com as ações da Eletrobras será melhor do que o rendimento morno do FGTS? Que comecem os jogos!