A notícia que a Oi registrou alta já estava deixando uma galera feliz da vida… Pena que foi alta no prejuízo. A companhia de telecomunicações divulgou ontem (10) o seu balanço de resultados do terceiro trimestre e fez com que os investidores reagissem amargamente nesta quinta-feira.
A Oi viu seu prejuízo líquido saltar 82,4% entre julho e setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado negativo passou de R$ 2,638 bilhões para R$ 4,813 bilhões.
O resultado contrariou as expectativas do mercado, especialmente ao considerar que a Oi teve um lucro de R$ 1,139 bilhão no segundo trimestre deste ano.
Com os dados pessimistas, as ações ordinárias da Oi, negociadas com o código OIBR3, chegaram a cair 6,86% nesta tarde, para R$ 0,97. Já os papéis ordinários (OIBR4) atingiram um pico negativo de 2,47%, a R$ 1,58.
Outros indicadores
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,398 bilhão no segundo trimestre, com queda de 5,86% na comparação anual. Este indicador é utilizado para avaliar quanto uma empresa está gerando com suas atividades operacionais, sem considerar investimentos, empréstimos e impostos.
Já a receita líquida foi de R$ 4,52 bilhões, com queda de 3,9% na comparação anual.
O grande problema da Oi, no entanto, está na grande dívida que a empresa possui. Conforme o balanço trimestral, a Oi encerrou o 3° trimestre com uma dívida líquida de R$ 28,89 bilhões, um avanço de 40,7% em relação ao mesmo período de 2020.
Vale lembrar que a Oi está em processo de recuperação judicial e está se desfazendo de algumas de suas operações para tentar sobreviver. Entre elas, há o setor de telefonia móvel, cuja venda para TIM, Claro e Vivo foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).