O povo de Xangai pode soltar o grito de “libera geral” com o fim das restrições determinadas pelo governo chinês. Será que o mundo resiste com novos lockdowns?
Momento de festa
Depois de longos 2 meses sem colocarem os pés na rua, os 25 milhões de moradores de Xangai, a maior cidade chinesa, celebram desde ontem (31) o fim dos inúmeros bloqueios impostos pelo governo da China.
O lockdown se alia com a estratégia do país de eliminar totalmente a circulação do vírus, o que tem trazido para o país e para um mundo que depende dele uma série de impactos.
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Como estava a situação?
Com as restrições, a cidade que é um gigante pólo econômico e cultural do país, sofria com bloqueios extensos. Dessa forma, a maior parte das atividades estavam suspensas, sendo mantidas apenas as extremamente essenciais como supermercados e farmácias.
No entanto, com a estratégia “covid zero”, sofrem tanto o país quanto os seus parceiros comerciais, que enxergam agora como insustentável manter depois de 2 anos de interrupções na economia, novos bloqueios.
Para onde vai a economia com os bloqueios?
A princípio, com a redução dos casos, não há qualquer expectativa para novos bloqueios nem para Xangai nem para outras regiões do país, mas, por parte do governo, a estratégia de zerar surtos deve se manter, mesmo com os custos à economia.
Desde que os bloqueios iniciaram vários setores foram gravemente afetados. A produção de semicondutores para chips foi um deles, o que impactou globalmente a produção de automóveis, inclusive aqui no Brasil.
Portanto, a grande pergunta é: até onde vai a China? O mundo tem entendido que o “novo normal” é coexistir com os casos de Covid. No entanto, políticas mais severas têm sido vistas pelos mercados como um grande parafuso travando as engrenagens da economia.