Hoje, o mundo acordou se perguntando sobre qual é o papel das companhias de petróleo na arrumação da bagunça climática que o nosso desenvolvimento causou.
Ontem (27), foi um dia fora da curva para as grandes petrolíferas: um dia que pode abrir precedentes para o resto da história.
É difícil ver três das maiores companhias de petróleo do mundo estamparem os jornais juntas e todas pelo mesmo motivo: o clima.
O papo reto é que aquele pensamento de crescer e produzir a qualquer custo acabou.
Quer você acredite em aquecimento global ou não, se você quer estar no mundo dos negócios e em ambientes de desenvolvimento daqui para frente, você precisa entender a pauta climática.
E é isso que três das gigantes do petróleo sentiram ontem. A ExxonMobil, a Chevron e a Shell tomaram a primeira sapecada no tema para já ficarem na atividade quanto ao nosso futuro.
O Acordo de Paris, um tratado internacional assinado em 2015, é o documento que passou a reger as medidas de redução de gases estufa a partir de 2020. A principal preocupação do tratado é responder aos riscos do aquecimento global e combater as práticas econômicas que agravam a nossa situação climática.
Na Exxon, os acionistas da empresa trocaram dois membros do conselho diretor da companhia, dando espaço para que dois representantes de uma empresa ativista, a Engine No. 1, possam agora pressionar o grupo a se adequar aos termos do Acordo de Paris.
Na Chevron, rival da Exxon, os seus acionistas votaram para passar um projeto que visa a redução da emissão de poluentes.
A Chevron, que tinha prometido reduzir suas emissões até 2050, ainda não havia apresentado um plano para isso. #BonitoHein?
E talvez o jab cruzado mais importante de ontem tenha sido o que a Shell tomou na justiça holandesa.
Pela primeira vez na história, uma companhia está sendo forçada judicialmente a reduzir suas emissões para se alinhar ao Acordo de Paris.
A justiça deu o papo e ordenou que a Shell reduzisse em 45% sua emissão de gases estufa até 2030. #ESFORÇA-TE. Não Tem conversa.
A Shell já avisou que vai recorrer. A projeção da companhia era de reduzir suas emissões em 20% até a data.
E elas que lutem. O que vemos é que desde a justiça até os conselhos diretores, o mundo está começando a perder a paciência com a galera do petróleo. O que você acha? Negócios sem sustentabilidade é coisa do passado?