Não é novidade para ninguém o fato de que os preços dos alimentos estão pela hora da morte, mas com o recente acordo entre Rússia e Ucrânia, a crise pode esfriar um pouco.
Vamos conversar…
Nesta sexta-feira (22), Rússia e Ucrânia resolveram aliviar as tensões globais sobre os alimentos que a guerra entre os países trouxe. O acordo tem como objetivo principal normalizar as exportações de grãos na Ucrânia, interrompidas desde fevereiro deste ano.
O movimento ocorreu com a intermediação da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Turquia, país que sediou a reunião. Apesar do acordo, esta não é uma trégua entre os países que se apresentam como peças chaves no tabuleiro alimentar mundial.
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Qual a importância do acordo entre Rússia e Ucrânia?
Antes dos conflitos iniciarem, os países já ocupavam espaço determinante no fornecimento de grãos ao mundo. Por exemplo, ao considerar as exportações somadas em ambos, eles atendiam quase 30% de toda a demanda de trigo do planeta.
De acordo com o governo americano, a Ucrânia, duramente afetada pelas iniciativas da Rússia, é a quarta maior exportadora de milho do mundo. Além disso, vários derivados também são fornecidos pelo país, como, por exemplo, 42% de todo óleo de girassol consumido pelo mundo.
Com os bloqueios, toda a cadeia global sofreu, pressionando os preços em todos os países que tratavam com a região. Portanto, além da alta dos derivados do petróleo, também motivada pelos conflitos, a crise alimentar é um forte sinal vermelho para o mundo.
E daqui pra frente?
Segundo autoridades ucranianas, mais de 20 milhões de toneladas de grãos estão paradas neste momento dentro do país. Apesar da assinatura do acordo, contudo, a normalização no vai e vem de mercadorias por lá ainda poderá levar mais algum tempo.
Desta forma, os portos ucranianos bloqueados no mar negro são as chaves do acordo, representando cerca de 80% das exportações do país. Portanto, para garantir o cumprimento da iniciativa, será criado um centro de monitoramento na Turquia. Será que vaid ar certo?