A taxa Selic subiu de 5,25% para 6,25% nesta quarta (22). A decisão, anunciada na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, representa o maior patamar do indicador desde julho de 2019, quando estava em 6,5%!
No mês passado, o BC já havia aumentado a Selic em 1 ponto percentual. Entretanto, essas altas estão bem acima dos avanços usualmente feitos pela autoridade monetária, que costuma ajustar a taxa em 0,25 a 0,75 ponto percentual.
Tá, mas o que é a taxa Selic?
Você provavelmente já ouviu falar da Selic muitas vezes, mas pode não saber o que isso significa. Porém, essa taxa impacta diretamente o nosso bolso.
A Selic é considerada a taxa básica de juros da economia do Brasil. Por conta disso, ela serve como referência para todas as outras taxas de juros praticadas no país, como de empréstimos e financiamentos.
Além disso, ela contribui, inclusive, para os rendimentos da poupança e de alguns títulos de renda fixa, como o Tesouro Selic, por exemplo.
Por que o Banco central (BC) aumentou a Selic?
Uma das funções de aumentar a taxa Selic é tentar controlar a inflação. Basicamente, com a queda da taxa de juros, os empréstimos e financiamentos ficam mais baratos, o que gera um aumento do acesso ao crédito.
Com isso, mais pessoas vão às compras, o que aquece a economia. Por outro lado, uma consequência disso é que a demanda aumenta e os preços também sobem, o que gera uma alta da inflação. Já no cenário oposto, com juros altos, o consumo é desestimulado, o que faz a inflação ser controlada.