O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação no Brasil, subiu 1,20% em outubro. A informação foi divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta representa a maior variação do IPCA-15 para um mês de outubro desde 1994, quando houve alta de 1,34%. Além disso, é a maior valorização mensal desde fevereiro de 2016, quando foi de 1,42%.
No ano, o indicador acumula alta de 8,3%. Já nos últimos 12 meses, o número sobe para 10,34%. Vale lembrar que a meta do Banco Central para a inflação deste ano é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (2,25% a 5,25%).
O que é o IPCA-15?
O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA, o indicador oficial de inflação do Brasil, que é divulgado na segunda semana do mês. Enquanto o IPCA mede o aumento dos preços entre o primeiro e último dia do mês, o IPCA-15 calcula geralmente entre o dia 16 de um mês até o dia 15 de outro.
Apesar de ser uma prévia, o indicador traz um importante panorama do aumento dos preços e costuma movimentar o mercado financeiro.
O que causou a alta?
Dentro do setor de habitação, a energia elétrica, com alta de 3,91% no mês, foi o principal impacto individual do IPCA-15 em outubro, em meio à bandeira tarifária de escassez hídrica. Além disso, o avanço de 2,03% do preço dos combustíveis, que faz parte do segmento de transportes, também puxou o indicador para cima.
Entre os setores incluídos no indicador, apenas o de saúde e cuidados pessoais teve queda em outubro, com -0,01%. Confira a lista completa:
- Transportes: 2,06%;
- Habitação: 1,87%;
- Alimentação e bebidas: 1,38%;
- Vestuário: 1,32%;
- Despesas pessoais: 0,77%;
- Artigos de residência: 0,53%;
- Comunicação: 0,34%;
- Educação: 0,09%;
- Saúde e cuidados pessoas: -0,01%.