Sendo mais um índice fresquinho sobre a situação econômica do Brasil, o PMI de julho permite uma respirada, mas sem muita empolgação.
Escorregou, mas não caiu
A S&P Global, que é uma empresa internacional de análises financeiras, divulgou hoje (01) o resultado para o desempenho da indústria brasileira. De acordo com o relatório, o Índice de Gerentes de Compras, ou PMI em inglês, recuou de 54,1 em junho para 54,0 em julho.
Apesar do leve recuo, o índice ficou acima da linha neutra de 50 pontos, simbolizando que, no geral, a situação ainda é positiva. O PMI é composto a partir de questionários dirigidos a responsáveis do setor industrial que dão conta de revelar a temperatura em suas atividades.
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O que o PMI de julho revelou?
Segundo Pollyanna Lima, diretora da S&P Global, o desempenho da indústria em todo o país no mês de julho foi bastante consistente. Nesse sentido, para Lima, o cenário positivo vem baseado na análise de vários outros indicadores que dão sinais de uma economia realmente ainda forte.
O relatório ressaltou que o ritmo de criação de empregos no Brasil, que já apresenta sua quarta alta mensal consecutiva, anima. Portanto, como avaliou a S&P Global, a confiança do setor em termos de expansão de negócios continua firme.
Além disso, a pesquisa também mostrou que os preços dos insumos recuaram ao menor patamar em 26 meses, indicando uma inflação mais baixa. Contudo, o relatório também trouxe pontos de atenção que, tanto o mercado quanto investidores, precisam ficar atentos.
De olho no alerta
O levantamento alertou que há uma situação delicada que pressiona a indústria quando o assunto é mercado global. Isto porque, ao avaliar os pedidos internacionais, o mês de julho apresentou a queda mensal mais acelerada, sendo esta a quinta consecutiva no ano.
Nesse sentido, apesar do desempenho positivo em linhas gerais, cabe aos investidores do setor atenção não somente ao mercado interno, mas também ao externo. Sobretudo, quando a palavra recessão bate forte na porta dos maiores clientes internacionais do Brasil.