O IBGE divulgou nesta terça-feira (1) os dados do PIB referente ao primeiro trimestre deste ano que registrou uma alta de 1,2% comparado com o trimestre anterior.
O que é PIB?
PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, uma métrica da economia brasileira, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que soma todos os bens e serviços finais que são produzidos pelo país.
Um equívoco muito grande é as pessoas confundirem o PIB com a quantidade de riquezas no país, mas na verdade ele simboliza efetivamente a produção de novos bens e serviços.
Não entendeu? Calma, vou explicar melhor. Imagine que um país não produz nada em um ano. Nesse período o PIB será nulo porque não houve produção, caso o PIB fosse a quantidade de riqueza de um país, jamais seria nulo, apenas não mudaria de valor.
Agora deu para entender melhor?
Como foram os resultados do PIB?
O PIB do primeiro trimestre de 2021 cresceu 1,2% comparado com o quarto trimestre de 2020. A soma da produção de todos os bens e serviços chegou a R$ 2,048 trilhões.
O resultado é bom ou ruim?
Relaxa que o Adm já até sabe as suas dúvidas e vai responder a maioria.
Então, neste caso existem algumas análises a serem feitas. A primeira é que na comparação dos últimos trimestres – como no gráfico abaixo – é perceptível uma desaceleração nessa recuperação da economia, mesmo assim os números positivos permanecem.

Já olhando para a “expectativa x realidade”, a Refinitiv divulgou que em média o mercado esperava um crescimento de 0,8% a 1% no período. Portanto, essa expectativa foi superada com certa folga.
Comparando este trimestre com o primeiro trimestre do ano passado temos mais um resultado positivo detectado aqui Compassers, mostrando um crescimento de 1%.
Com esse resultado, o PIB chega a sua terceira alta seguida e volta ao patamar pré-pandemia, no quarto trimestre de 2019.
Portanto, apesar da segunda onda da pandemia que chegou forte aqui no Brasil em 2021, o país foi capaz de continuar e crescer a sua produção de bens e serviços.
São bons sinais senhoras e senhores, maaas nem tudo são flores.
Ainda precisamos entender como a inflação vai se comportar daqui para frente. Uma coisa é o PIB crescer bem com uma inflação controlada, outra é crescer e a inflação crescer junto e descontrolada.
E mesmo com esses resultados dos últimos trimestres, ainda temos um bom caminho para percorrer. Depois dos dados deste ano, o Brasil está 3,1% abaixo da máxima histórica da economia brasileira no primeiro trimestre de 2014.
Quais foram os principais destaques deste trimestre?
Os principais destaques positivos deste trimestre foram as importações e agropecuária que cresceram 11,6% e 5,7% respectivamente. Alô agroboys!! Já para os destaques negativos tivemos o setor do consumo das famílias e do governo que retraíram 0,1% e 0,8% respectivamente.
Importação | 11,6% |
Agropecuária | 5,7% |
Investimentos | 4,6% |
Exportação | 3,7% |
Construção Civil | 2,1% |
Indústria | 0,7% |
Serviços | 0,4% |
Consumo das famílias | -0,1% |
Consumo do governo | -0,8% |
O agronegócio mostrou uma recuperação forte esse trimestre comparado com a retração nos três meses anteriores. Grande parte dessa alta foi puxada pelo desempenho de alguns produtos como a soja, que constantemente bateu recordes em 2021.
E os outros países, como ficaram?
Olha, não estamos indo mal não. Segundo os dados da Austing Rating, entre as 50 maiores economias do mundo o Brasil está em 19º, com o desempenho acima de países como França, China, Japão, Alemanha entre outros.
Croácia – 5,80% | Tailândia: 0,20% |
Hong Kong – 5,40% | Itália: 0,10% |
Estônia: 4,80% | Tunísia: 0,10% |
Chile: 3,20% | Peru: 0,00% |
Cingapura: 3,10% | França: -0,10% |
Taiwan: 3,10% | Finlândia: -0,10% |
Colômbia: 2,90% | Arábia Saudita: -0,10% |
Romênia: 2,80% | República Tcheca: -0,30% |
Malásia: 2,70% | Suíça: -0,50% |
Bulgária: 2,50% | Holanda: -0,50% |
Lituânia: 2,00% | Espanha: -0,50% |
Chipre: 2,00% | Noruega: -0,60% |
Hungria: 2,00% | Indonésia: -1,00% |
Turquia: 1,70% | Ucrânia: -1,10% |
Estados Unidos: 1,60% | Áustria: -1,10% |
Coreia do Sul: 1,60% | Japão: -1,30% |
Eslovênia: 1,40% | Dinamarca: -1,30% |
Canadá: 1,40% | Reino Unido: -1,50% |
Brasil: 1,20% | Israel: -1,70% |
Polônia: 1,10% | Letônia: -1,70% |
Bélgica: 1,00% | Eslováquia: -1,80% |
Suécia: 0,80% | Alemanha: -1,80% |
México: 0,80% | Portugal: -3,30% |
China: 0,60% | Islândia: -5,20% |
Filipinas: 0,30% | Nigéria: -13,90% |