Será que vem aí? O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar sobre a privatização da Petrobras e do Banco do Brasil nesta segunda (27). Durante um evento da International Chamber of Commerce (ICC-Brasil), Guedes disse que uma das metas para os próximos dez anos é continuar com as desestatizações.
O ministro não especificou o modelo das privatizações que pretende adotar. “Petrobras, Banco do Brasil, todo mundo entrando na fila, sendo vendido e isso sendo transformado em dividendos sociais”, disse o ministro.

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Para contextualizar, privatizar uma empresa significa, basicamente, passar seu controle acionário e operacional para a iniciativa privada. Ou seja, tirá-la do controle do governo.
As privatizações ocorrem com vários objetivos, incluindo:
- Forma de arrecadar dinheiro para o governo;
- maior liberdade econômica;
- menor intervenção do Estado no mercado;
- auxiliar a companhia quando está passando dificuldades.
Vale lembrar que outras privatizações também estão em discussão atualmente, como a dos Correios, que já tem um modelo definido, e a da Eletrobras, que foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.
No caso da Eletrobras, o governo já até criou uma nova estatal (ENBpar) para assumir os ativos que não serão privatizados.
Privatizações não são a única meta para o futuro
De volta à conferência, o ministro disse também que mudar o regime previdenciário do Brasil está na lista de metas para os próximos dez anos. A ideia é criar um modelo de capitalização.
Ao contrário do modelo atual, onde quem contribui paga os benefícios de quem já está aposentado, a capitalização é individual. Ou seja, o dinheiro é investido individualmente para a aposentadoria no futuro.