Durante o evento no Parque de Exposição da Granja do Torto, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar sobre a grande polêmica da semana passada.
Contextualizando
Na última semana, estava marcado para ser anunciado o novo Auxílio Brasil, que viria para substituir o Bolsa Família. A nova proposta seria de um pagamento de R$ 400 para mais de 17 milhões de pessoas.
A questão é que esse projeto do governo excederia o teto de gastos, mecanismo utilizado para controlar as despesas do governo, em R$ 30 bilhões.
Claramente, com esse grande risco fiscal, o mercado não reagiu bem e só na semana passada o Ibovespa caiu mais de 7%.
Para tentar controlar os ânimos, Guedes disse que a aprovação da PEC dos Precatórios também ajudaria a conter os gastos e compensar o furo no teto.
A reafirmação
No último domingo (24) o ministro reafirmou que com a aprovação das reformas o governo conseguiria economizar bem mais do que ele excederia no teto de gastos.
Sob a visão de Guedes, com a reforma administrativa, o governo economizaria R$ 300 bilhões que comparados aos R$ 30 bilhões excedentes ao teto de gastos, esse “furo” seria compensado.
Outra crítica do ministro foi com a reforma do Imposto de Renda que, segundo ele, seria a principal fonte de recursos de curto prazo para subsidiar o novo projeto.
Críticas ao Senado
Guedes não escondeu sua insatisfação com Rodrigo Pacheco a respeito do prosseguimento da agenda de reformas do governo e ainda pediu publicamente um maior comprometimento do presidente do Senado para continuar esses processos estagnados.
Possível demissão
E por último, o ministro aproveitou para acabar com os rumores de sua saída e afirmou que não deixará o cargo.
“Sairemos juntos” afirmou Guedes se referindo a ele e a Bolsonaro.
Em resumo, é melhor já ir se acostumando porque esse Auxílio Brasil e o furo no teto de gastos estão iguais ao Thanos, inevitáveis. Ta aí, mais um capítulo dessa interminável saga.