Na manhã de hoje o novo ministro de Minas e Energia entregou para o ministro Paulo Guedes um pedido de estudo sobre a privatização da Petrobras.
Governo quer privatizar a Petrobras?
O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, entregou nesta quinta-feira um pedido de estudo para privatização da Petrobras e da PPSA, que é a estatal que cuida do Pré-Sal.
Ao receber o pedido, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que encaminhará ainda hoje essa solicitação ao PPI, Programa de Parcerias de Investimentos, que será o responsável por fazer essa análise.
Então a Petrobras pode mesmo ser privatizada?
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já adiantou que discutir sobre a desestatização da empresa está fora do radar no momento. Aliás, essa declaração importa, já que é o Congresso Nacional que dá o aval para a privatização.
De acordo com Pacheco, o Congresso, composto por deputados e senadores, não tem interesse em debater essa questão por hora, embora tenha dito que apoia a realização do estudo.
Vale ressaltar que essa análise vai longe, já que primeiro virá o estudo e posteriormente o conselho do PPI vai votar se recomenda ou não a privatização da empresa.
Em seguida, essa recomendação segue para a análise do presidente da República. Se o presidente achar que a privatização é uma boa ideia, ele assina um decreto que inclui a Petrobras no Programa Nacional de Desestatização.
Então, após todos esses processos, iniciam-se os trâmites para a venda da empresa.
Sem esquecer que no caso da Petrobras, o Congresso Nacional é o responsável por bater o martelo.
Privatizar vai trazer concorrentes?
Diferente do que muitos pensam, a Petrobras não tem monopólio na exploração do petróleo no Brasil. Ou seja, qualquer empresa pode fazer isso.
E por que não temos muita concorrência?
De acordo com analistas, faltam ‘corajosos’ para concorrerem com a estatal. Afinal, quem quer concorrer com uma empresa do Estado? Isso porque existe o constante medo que a qualquer momento o governo interfira nos negócios da companhia.
Congelando preços, por exemplo.
Neste caso, fica difícil para o empresário disputar a preferência dos consumidores, e como consequência, ele pode falir. Por isso a desestatização poderia aumentar a concorrência por aqui, já que não seria o Estado do outro lado da disputa.
Por outro lado, os opositores da ideia de privatização defendem que é arriscado entregar as riquezas de um país nas mãos de quem visa apenas o lucro, em vez da população.