O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do Brasil, acelerou 1,16% em setembro. A informação foi divulgada hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A variação positiva é a maior alta para o mês de setembro desde 1994, em meio ao Plano Real. Na época, o indicador subiu 1,53%. Com isso, o IPCA acumula altas de 6,90% no ano e 10,25% nos últimos 12 meses.

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Basicamente, o IPCA mede o aumento dos preços de produtos e serviços no país. O indicador reflete padrões e hábitos de consumo de famílias brasileiras com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.
Quais setores mais contribuíram para a alta?
Conta de luz, combustíveis, gás de cozinha e alimentos foram alguns dos itens que mais contribuíram para esse avanço no mês passado.
Confira o desempenho de cada um dos setores analisados pelo IBGE no mês:
- Alimentação e bebidas: 1,02%
- Habitação: 2,56%
- Artigos de residência: 0,90%
- Vestuário: 0,31%
- Transportes: 1,82%
- Despesas pessoais: 0,56%
- Educação: -0,01%
- Comunicação: 0,07%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,39%
Atualmente, o aumento dos preços é causado por uma série de fatores, como crise hídrica, desvalorização do real diante do dólar, alta dos preços das commodities e instabilidades políticas.
Meta foi esquecida no churrasco
Todos os anos, o Conselho Monetário Nacional (CMN) define uma meta de inflação para fazer com que o aumento de preços fique dentro desta faixa.
Para 2021, a meta é de 3,75%, com tolerância de 1,5% para cima ou para baixo. Portanto, no mínimo 2,25% e no máximo 5,25%, o que já ficou para trás há algum tempo.
Na prática, isso reforça que a situação não está muito boa para os brasileiros, já que o aumento descontrolado dos preços faz o nosso poder de compra diminuir. Afinal, o que ontem você comprava com R$ 2,50, por exemplo, hoje já custa mais caro, o que faz com que essa quantia não seja mais suficiente para pagar.