“É que o povo se estressou porque a gente se juntou, apenas se juntou…”. 2021 terminou com a inflação mais alta desde 2015 e as previsões não melhoram. Adicionalmente a Petrobras informou aumento na gasolina.
Eita união da miséria.
O que é que está acontecendo?!
Justamente na nossa vez de sermos adultos o bicho pega. Apesar que o Brasil nunca teve um ano de paz e sossego desde a sua descoberta.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, apontou que o ano passado fechou com uma inflação muito acima do teto com máxima de 5,25% que o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu. A inflação ficou em 10,06%.
Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o aumento na inflação não foi provocado pela demanda de produtos, e sim pelas altas no preço da energia elétrica e dos combustíveis.
Isso quer dizer que com o aumento desses dois pilares, os serviços tornam-se mais caros, já que para absolutamente quase tudo que é produzido e comercializado existe a dependência de energia e de alguém que faça o transporte.
E a gasolina vai subir de novo?
De acordo com a Petrobras, estava na hora, considerando que desde 26 de outubro não havia um aumento. A empresa justificou falando da importância de evitar o colapso de muita demanda e pouca oferta, que o dólar está caro e que aumentou no mundo todo.
Mandou um “aceita que dói menos”.
A partir de amanhã o motorista vai ter que abrir ainda mais a carteira para abastecer. Assim, o repasse da petroleira para as refinarias será de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro de gasolina. Alta de 4,85%
Com relação ao diesel o repasse será de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro. Aumento de 8,08%.
Não esqueça de acrescentar os produtos de mistura obrigatória, impostos dos estados e os valores que ficam com as distribuidoras.
Será que 2022 melhora?
Vale a torcida. Mas os analistas não estão otimistas. A previsão é que haja um novo aumento na nossa taxa básica de juros, a Selic, podendo chegar próximo a 12%, na tentativa de conter a inflação.
Porém, os Estados Unidos vão fazer o mesmo. E daí, já viu. Uma forte migração de investidores para o dólar, o que fará a moeda se valorizar ainda mais e o real crescer ainda menos.
Ou seja, 2020, 2021 e 2022 tornaram-se a Mc Loma e as gêmeas lacração do mal.