Com a inflação, quem vai querer pegar um avião para vir tomar um café com o ADM? O açúcar também fica por conta do visitante…
Inflação pedala ladeira acima
Nesta sexta-feira (24), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou o resultado da inflação para o mês de junho. De acordo com o órgão, que fez a estimativa entre 14 de maio e 13 de junho, neste mês, os preços no país subiram, em média, 0,69%.
No acumulado do último ano, a inflação continua passando o patamar dos dois dígitos, e agora é estimada em 12,04%. No entanto, apesar do cenário da alta dos preços no país estar claro para todos, o resultado deste mês conseguiu surpreender negativamente.
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Como se calcula o resultado?
Quando é dito que a inflação subiu ou recuou, o que se está querendo analisar é a variação dos preços no país em um determinado período. Contudo, o resultado não representa um número exato para todos os produtos e serviços existentes mas, na verdade, uma média.
O IPCA-15, ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15, é a prévia do que chamamos de inflação oficial no país, e é medida por pesquisas de preços para uma cartela específica de produtos e serviços em algumas regiões do país, o que nos dá a média.
Então me diz quem mais afetou o IPCA-15…
Todos os grupos analisados subiram, mas, em junho, o grande vilão foi o dos transportes. Apesar do resultado ter sido menor do que em maio, quando houve um aumento de 1,8% nos preços, neste mês, os transportes continuaram subindo, e tiveram alta de mais 0,84%.
Segundo o IBGE, a desaceleração da alta com relação ao mês anterior se deu pela redução de 0,55% nos preços dos combustíveis. Em geral, os itens recuaram, como a gasolina e o etanol que caíram, respectivamente, 0,27% e 4,41%. Já o diesel subiu 2,83%.
No entanto, mesmo com a desaceleração, a situação ainda continua delicada. Por exemplo, com a alta nos combustíveis, as passagens aéreas subiram 11,36%, já acumulando 123,26% de aumento nos últimos 12 meses.