Talvez morar com os pais não seja tão ruim assim, afinal. Ainda mais quando você percebe que a inflação vai se mudar junto. Segundo o IPG-M, 2021 fechou com alta de 17,78%.
Que infame é IPG-M?
O Índice Geral de Preços do Mercado é um dos medidores da inflação no país. Diferente do IPCA que mede a inflação para o consumidor amplo, o IPG-M abraça um grupo maior.
Isso quer dizer que esse índice mostra como andam as coisas para o consumidor, para o fornecedor e também para o investidor.
A razão disso é que ele apresenta altas ou baixas em produtos e serviços como os de matérias-primas, indústria e de materiais da construção civil.
Ou seja, a base de tudo, bebê! Entende agora porque esse índice é frequentemente linkado ao preço dos aluguéis? Porque ele mexe com a base.
E 2022 começou como?
Começou do jeito que o diabo gosta. Pegando fogo. Falta de água em alguns lugares, excesso em outros, ameaça de guerra e inflação comendo solta.
O IPG-M apontou que só em janeiro deste ano, a inflação nesses produtos e serviços, que são a matriz de tudo, subiu 1,82%.
Para se ter uma noção, em dezembro do ano passado, esses dias, menino, estava em 0,87%. Sente essa alta bandida.
O índice de janeiro deste ano é o segundo maior desde 2002.
Por que subiu tanto, Brasil?
Adivinha? Começa com Co e termina com Vid. Claro que existem outros fatores, como a alta do dólar que encarece algumas coisas que precisam ser importadas.
Mas a maior razão segue sendo a pandemia que obrigou a produção a desacelerar e a indústria a dar uma pausa.
Contudo, em 2021 os motores foram aquecidos novamente, mas não deu conta da demanda que estava alta em razão de todo o dinheiro que foi impresso e dado a população mais carente.
Com mais dinheiro na mão, mais gente querendo comprar, poucos produtos para se vender, a infeliz da inflação dá as caras e o preço de tudo sobe.
Quem está pronto para morar com a sogra?