Se você está achando que está tudo caro, respire, leia até o final, e veja que dá para ficar mais caro ainda, é rir para não chorar galera, porque a inflação está gargalhando.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a métrica oficial da inflação brasileira, registrou um aumento médio de 1,06% nos preços de produtos e serviços em abril deste ano.
O resultado é o maior já registrado para o mês de abril, desde 1996. Além disso, a inflação acumulada dos últimos 12 meses chega a 12,13% ao ano, maior taxa desde 2003.
O que é a inflação?
Inflação é o nome dado para o aumento generalizado dos preços, de produtos e serviços, da economia de um país. Note a palavra “generalizado”, que significa que o aumento de preço de um setor, exclusivamente, não é considerado inflação.
Para medi-la, existem vários métodos e índices diferentes, contudo, o IPCA é considerado o índice oficial da inflação, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quais eram as expectativas?
Mais uma vez, o aumento dos preços em abril superou todas as expectativas. Segundo o Valor Data, a média das previsões para o índice ficou em 1% para abril.
E quando comparamos com a meta da inflação, aí o buraco (na carteira) fica ainda mais fundo. A meta superior está em 5%, ou seja, esse deveria ser o máximo que o IPCA deveria chegar este ano.
Sim, o pessoal está com uma mira bem torta, na tentativa de atingir este alvo.
Quais foram os motivos para esta alta?
Os motivos são basicamente os mesmos dos últimos meses. A diferença é que o impacto está sendo cada vez maior.
A economia mundial está sofrendo com a reabertura da economia, um cenário em que a demanda voltou ao “normal” e a oferta não consegue atender a essa demanda, causando um aumento nos preços.
E o grande problema é que o aumento de juros, não tem um mesmo impacto na inflação causada por baixa oferta.