Parece que o dia de Corpus Christi não será de praia para boa parte do Brasil, e, para piorar, o Banco Central jogou ontem a bomba da “Selic” para esfriar ainda mais o feriado.
Ouvidos atentos, o BC vai falar
No início da noite de ontem (15), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), saiu da sala de reunião e gritou para todo o Brasil: Selic mais alta, lidem com isso! Após a declaração, a taxa básica de juros brasileira, a Selic, passou de 12,75% para 13,25%.
Na verdade, a alta de 0,5 ponto percentual na taxa não foi lá uma grande surpresa para o mercado. Para os analistas, com o cenário da inflação no país, a elevação já era mais que certa. Contudo, o tom de seriedade e preocupação se mantém entre os investidores.
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Na prática, quando o BC decidiu aumentar a taxa básica de juros, o que ele fez foi elevar o custo de empréstimos e financiamentos no país. Com o dinheiro ficando “mais caro”, o consumo é forçado a diminuir, o que, em resumo, reduz a inflação..
No entanto, a Selic também dita os rumos dos investimentos, sobretudo os de renda fixa, uma vez que muitos deles acompanham as variações da taxa. Nesse cenário de alta, esses tipos de investimentos passam a remunerar mais, o que acaba atraindo investidores.
Contudo, como o dinheiro não é infinito, os investidores começam a ter que fazer escolhas, e nessa, os ativos de risco, como ações e criptomoedas, é quem sofre o golpe. O dinheiro acaba fugindo da renda variável, gerando as temidas quebras generalizadas de ativos.
E agora, o que fazer?
Em geral, o cenário é de maior volatilidade para os ativos de risco, e segurança com a renda fixa atrelada à Selic, como CDBs, LCIs e LCAs, fundos DI e títulos do Tesouro Direto. Mas cada investidor vai precisar criar sua própria estratégia de curto, médio e longo prazo.
Infelizmente, o ADM vai ficar devendo a recomendação. Mas, a ideia agora é cautela e muita atenção às notícias. Aliás, você já assinou a super Newsletter da The Compass?