O que é o Boletim Focus?
Relatório semanal feito pelo Banco Central (BC), o Boletim Focus é publicado toda segunda-feira traz projeções estatísticas sobre vários indicadores importantes da economia do país.
Funciona como um termômetro da nossa economia e como um referencial para entender quais devem ser os passos da nossa política monetária.
➡️IPCA (7,05%)
Indicador oficial da inflação brasileira, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é a métrica por meio da qual se acompanha a evolução no crescimento dos preços – a inflação.
Pela 19ª semana seguida, a previsão para o IPCA sobe, mais uma vez se distanciando daquilo que o Conselho Monetário Nacional previa, que estava na faixa de 3,75% a 5,25%.
Vale lembrar: é apenas uma estimativa de mercado, mas é preocupante quando se olha para a meta. Caso isso continue, serão necessárias medidas restritivas quanto à nossa política monetária.
O resultado oficial será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
➡️ PIB (5,28%)
O Produto Interno Bruto (PIB) é calculado pela soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil. É o indicador que avalia a evolução da economia do país, basicamente. Após projeções estáveis nas últimas semanas, agora a estimativa caiu para 5,28%.
➡️ Taxa de Câmbio (R$ 5,10)
A taxa de câmbio é basicamente o que uma moeda vale comparada à outra. Neste caso, a comparação é do real com o dólar. A estimativa, dessa vez, segue a mesma da semana anterior.
➡️ Taxa Selic (7,50%)
A taxa Selic é a taxa básica de juros do Brasil, sendo a referência para todas as outras taxas de juros praticadas no país, seja de empréstimos ou de financiamentos.
Ela tem como função principal ser uma ferramenta para controlar a inflação.
Funciona assim: com a queda da taxa de juros, os empréstimos e financiamentos ficam mais baratos, o que gera um aumento do acesso ao crédito e isso faz mais dinheiro entrar na economia e estimula as pessoas a consumirem mais produtos.
Isso, por sua vez, aumenta a demanda e consequentemente ocorre o aumento dos preços – gerando o cenário da inflação.
Em uma situação oposta, no caso de as taxas subirem, os empréstimos e os financiamentos ficariam mais caros e isso limitaria o acesso ao crédito. Dessa forma, o país teria menos dinheiro em circulação, o que desestimularia o consumo, dado que as pessoas tenderiam a guardar o dinheiro – o que controlaria, por sua vez, a inflação.
E após semana passada – que aconteceu a reunião do Copom – a Selic ter subido para 5,25%, agora a projeção do relatório Focus subiu para 7,50%.