A projeção para a inflação fica bem perto dos 6% ao ano após subir 0,7 ponto percentual (p.p.).
O que é o Boletim Focus?
O Boletim Focus é um relatório semanal feito pelo Banco Central (BC) baseado nas projeções estatísticas que o mercado oferece sobre vários indicadores importantes da economia do país.
Esse boletim funciona como um termômetro da nossa economia e como um referencial para entender quais devem ser os próximos passos da nossa política monetária.
IPCA (5,97%)
Já é a 12ª semana consecutiva que a expectativa para o IPCA sobe e está quase batendo os 6% e se distanciando cada vez mais da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3,75% ao ano, podendo chegar até 5,25%.
Só por curiosidade, caso a inflação supere efetivamente a meta, o presidente do Banco Central precisa escrever uma carta para o Ministro da Economia, dizendo os motivos da inflação ter ficado acima da meta.
Lembrando que é apenas uma estimativa do mercado, ou seja, precisamos esperar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o resultado oficial para vermos se as expectativas estavam próximas.
Mas como foi dito, serve de termômetro para nos prepararmos.
PIB (5,05%)
O lado bom é que o PIB também está em um rally batendo a décima alta seguida, chegando a 5,05% ao ano (a.a.). Caso essa projeção se concretize, o resultado não só recuperaria a retração do ano passado como já voltaríamos a avançar com a nossa economia.
Taxa de Câmbio (R$ 5,10)
Já a previsão para a taxa de câmbio ficou estável depois das duas quedas nas últimas semanas.
Taxa Selic (6,50%)
A principal função desta taxa é servir de ferramenta para controlar a inflação. A lógica é a seguinte: com a queda da taxa de juros, os empréstimos e financiamentos ficam mais baratos, aumentando o acesso ao crédito, oferecendo mais dinheiro na economia e estimulando as pessoas a consumirem mais produtos, um aumento na demanda causa o aumento dos preços ocasionando o cenário de inflação.
Já em um cenário oposto, se as taxas sobem, empréstimos e financiamentos ficam mais caros, limitando o acesso ao crédito, o país tem menos dinheiro em circulação, desestimulando o consumo porque as famílias optam por guardar o dinheiro, dessa forma, controlando a inflação.
Assim como a taxa de câmbio, a expectativa para a taxa Selic permanece estável no patamar dos 6,50% a.a.
Lembrando que atualmente a taxa básica de juros está em 4,25% ao ano.