Nesta quinta-feira (16), o Banco Central comunicou o aumento da estimativa para o IPCA de 2021. No caso, o que antes era de 8,5% passará para 10,2%.
O IPCA é a sigla para Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é a medida oficial da inflação no Brasil.
Previsão x Meta para inflação
É bom ressaltar que todo o ano o Conselho Monetário Nacional (CMN) estipula uma meta de inflação para o Banco Central. Nesse sentido, o objetivo do BC é mantê-la nessa faixa.
Para este ano o objetivo era manter a inflação em 3,75% podendo ficar entre 2,25% e 5,25%. Apesar de existir esssa margem de erro permitida pelo CMN, a previsão está muito além da meta.
Em outras palavras, para o Banco Central admitir que a inflação ficará acima dos cinco dígitos é porque os seus métodos para contê-la não foram muito efetivos.
Medidas não efetivas
Desde setembro deste ano o Banco Central já havia sinalizado que não bateria a meta. Porém, até então, o estrago era bem menor do que estamos vendo agora.
Dessa forma, o que podemos esperar para 2022 é um cenário para juros ainda mais altos, já que mesmo com a aceleração do aumento da taxa Selic não foi efetivo.
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Causas da inflação
Segundo o Banco Central, as causas da inflação deste ano gira em torno do aumento dos preços das commodities como o petróleo, crise energética aumentando as tarifas de energia e a alta do dólar impactando os produtos importados.
Previsão para 2022 da inflação
Para o ano que vem a meta para a inflação está em 3,5%, podendo ficar entre 2% e 5%, uma meta ainda menor do que a deste ano. Contudo, a previsão para o IPCA de 2023 feito pelo Banco Central está em 4,7%.
Isso quer dizer que mal o ano começará, a previsão já está batendo no nível superior da meta.